O Flamengo do primeiro tempo…
…teve a batida de Elano no canto superior direito da rede.
Fora isso, a rotação foi baixa. Mugni ficou mais afastado de Éverton e Elano, homens que completavam os 3 meias atrás de Hernane, mas que freqüentemente acionavam Léo Moura e André Santos, que apoiaram mais. Do lado esquerdo, Cáceres fazia a cobertura de André junto a Samir.
Como os laterais rubro-negros buscavam o campo adversário, o Emelec passou a agrupar os jogadores do lado no 4-4-2 disposto em duas linhas. Bagui e Gimenezes avançavam para bloquear Léo, e o mesmo acontecia com Achilier e Mena. Essa estratégia defensiva do Emelec teve relativo sucesso, mas jogou o time equatoriano para trás, isolando Caicedo e Stracqualursi. Muralha encontrava espaços e avançava, mas sem sucesso.
Mesmo depois do gol, o Fla continuou sem intensidade. Foi aí que o Emelec avançou as linhas e o camisa 18 do passou a atuar nas costas de André Santos, onde pôde vencer Cáceres na velocidade e conseguir algumas jogadas de linha de fundo, mas que pararam na limitação dos passes e cruzamentos.
Já o Flamengo do segundo tempo…
…teve a entrada de Gabriel para mexer com o sistema que até então foi lento. O camisa 17 disse, logo após o retorno ao vestiário, que sua função seria fazer a movimentação para as jogadas saírem.
Não foi Gabriel que mudou o jogo, foi o coletivo: os meias ficaram mais próximos entre si, com Elano centralizado e perto de Hernane. Jayme prendeu Muralha e quem passou a articular a ligação entre defesa e ataque foi Éverton, que dava seu lugar na esquerda para André e ia armando o jogo por todo o campo. Como o técnico disso após o jogo, ficou difícil marcar um jogador que não parava em campo.
A presença do Fla no ataque aumentou, e o time passou a atacar nos lados. Não foi acaso o gol ter saído na jogada de André, driblando como ponta para passar a Hernane no gol da provável despedida.
Ocupando mais o campo adversário e com movimentação que mexia com as duas linhas do Emelec, o Fla finalmente entrou em alta rotação e marcou melhor o adversário, que novamente esbarrou em deficiências técnicas no último quarto do campo, justamente o de fundamentos mais complexos, e não abandonou o sistema de duas linhas.
Hernane, antes fixo na frente, passou a se movimentar em direção a atrair a marcação e abrir espaços, como no último gol, onde Éverton e Gabriel estavam na sua frente no momento que Cáceres lança. Mesmo sem tantos lances de efeito, o camisa 9 repetiu sua importância tática na Copa do Brasil, onde se mexia e abria a marcação.
Jayme de Almeida não bate o martelo sobre o time, mas na coletiva reconheceu que o Flamengo ideal se aproxima daquele visto no segundo tempo. Resta saber qual deles se mostrará nos próximos jogos.