O Goiás foi bem nos 15 primeiros minutos, quando imprimiu sua proposta: 6 homens no meio-campo, alternando e trocando de posições o tempo todo numa espécie de 4-1-4-1.
Era comum ver Sacha na esquerda, Roni no meio e David pelo lado: na ausência de Walter, o grande armador do time, Enderson acertou ao alternar os meias para manter o estilo de chegadas em bloco.
O Fla conseguiu controlar o jogo depois do gol de Hernane – mais um dele – e virou com Elias. Hoje num desenho mais próximo de um 4-3-3, mas mantendo as duas linhas com o redivivo Paulinho voltando para aliviar André Santos e Elias mais centralizado, como atuava com Mano.
Após a tranqüilidade no placar, o Fla acertou ao rodar o jogo e chamar o Goiás, mas sem levar sustos. Virou o jogo (10 no 1T), lançou (25 no 1T) e procurou Hernane nos 8 cruzamentos. Não chegou a ser assustado pelas 2 finalizações certas de 7 no Goiás.
Se a proposta do Flamengo – marcação forte, velocidade com Paulinho e Elias – exige do físico, natural que o time cansasse e deixasse o jogo muito lento nos 25 minutos do segundo tempo. O Goiás também sentiu, mas Enderson novamente pensou certo nas substituições.
Com a pressão do Goiás, Jayme mudou para segurar o meio com Diogo e Elias mais avançado. Todos cansaram, ainda que Wellinton, centralizado no 4-2-3-1 do Goiás, puxasse as melhores chances junto a Viçosa. O Goiás conseguiu finalizar 14 vezes, mas errou demais (10) , assim como nos cruzamentos (10 de 3) e lançamentos (25 de 49).
Noite de cansaço, superação e 56 mil no Maracanã. Dessa vez o oba-oba atrapalhará ou é mais um título com time “azarão” e técnico “da casa”?