O primeiro tempo na Arena teve mais finalizações do Grêmio (7 x 2), mas o time teve dificuldades atrás, para sair para o jogo, e também no apoio de Telles, bloqueado por Edenílson.
Muito porque o Corinthians mudou desde o confronto de ida: Tite vem escalando dois homens rápidos pelas pontas e ganhou mais mobilidade e inversões com Pato na referência do 4-2-3-1.
Outra mudança foi o retorno da marcação-pressão que fez o time famoso em 2011 e 2012. Guilherme, assim como Paulinho, avançava para ajudar os meias e tirar todas as opções de passe do Grêmio, muitas vezes pressionando com 2 ou 3 jogadores. Com isso, só restou o chutão ao Grêmio: dos 26 lançamentos na primeira etapa, 18 não foram certas.
Só a partir dos 30 minutos que o Grêmio conseguiu sair de trás e teve chances de finalizar. Pará saiu da marcação e, junto a Ramiro, pela direita, exploraram Fábio Santos nas melhores chances do primeiro tempo. Na esquerda, Kléber invertia com Vargas e Telles cruzava procurando Barcos, mas o Grêmio pecou demais nos fundamentos: de 16 cruzamentos, 14 foram errados.
O camisa 17 se multiplicou e teve a melhor chance. Ora acompanhava Barcos na área quando Kléber saia para prender a bola, ora tabelava com Riveros e Telles. O Grêmio passou a manter a posse (teve 52% na primeira etapa), mas finalizou mal.
No segundo tempo, o Corinthians perdeu a consistência defensiva que afastou o Grêmio, mas também impediu o time paulista de atacar com qualidade. Apesar das boas chances na direita, com Edenílson comandando o setor já como volante, faltou a velocidade que Danilo e Emerson não conseguiram imprimir. O jogo ficou faltoso e concentrado no meio campo (ao todo 43 faltas).
O Grêmio começou a apresentar mais acertos nos passes (dos 26 lançamentos na segunda etapa acertou 15) e, já com o jogo próximo, ensaiou uma pressão que não conseguiu furar o bloqueio corintiano. Ramiro passou a se movimentar pelo campo todo e Renato abriu Kléber por um dos lados, especialmente o esquerdo, possivelmente para tirar a saída pelas laterais do Corinthians.
A noite inspirada de Dida com 3 penalidades perdidas e o fracasso da “loucospirose” dos 40 milhões de Pato só confirmam que o momento da renovação chegou mesmo ao Corinthians e que o Grêmio, copeiro que é, nunca pode ser descartado.
Confronto taticamente interessante contra o outro semifinalista, o Altético-PR.