Cuca treinou, Ronaldinho passou e Bernard fez o gol no início que permitiu ao Galo ter nervos para ficar no ataque e controlar a bola durante a primeira etapa. O time cometeu os mesmos erros de outros jogos: apressou as jogadas pelo alto, pecou na cobertura de Marcos Rocha e teve boas chances de ampliar o placar, mas não acertou o gol.
O Newell’s tentou manter a bola nos pés, mas com os erros de passe de Bernardini e Cruzado, os volantes que levam a bola no ataque do 4-3-3 de Tata Martino, o time pouco acionou Scocco. Aos 20 minutos, quando acertou a marcação pelos lados, teve posse para explorar o buraco na direita do Atlético com Marcos Rocha afoito e Pierre mal na cobertura.
O Galo poderia ter traduzido a superioridade no primeiro tempo em gols: 9 finalizações, 5 erradas. O Newell’s jogou fora de sua característica de posse ofensiva (teve 46% da posse), mas foi mais efetivo e errou apenas 1 das 4 finalizações que tentou.
O jogo ficou mais lento e picado na segunda etapa não apenas pelo nervosismo atleticano, mas pela postura adiantada do Newell’s, que avançou as linhas. Figueroa e Rodriguez procuraram trabalhar mais a bola para Scocco, que com movimentação conseguiu sair da cola de Pierre e inverteu o domínio do jogo.
Quando o Galo tomava a iniciativa, filme repetido: muito cruzamento e pouca velocidade. Sem a vitória pessoal de Jô na jogada de pivô e Tardelli e Bernard bem marcados, o Atlético lentamente foi perdendo o brio.
Até que a luz acabou, Cuca mexeu e deu novo gás ao ataque. Nas combinações rasteiras de Guilherme, Luan e Alecsandro o Galo pressionou. E numa bola mal rebatida por Mateo, Guilherme fuzilou e prolongou o jogo aos pênaltis.
Deu Galo, pela primeira vez numa final de Libertadores e mais perto de encerrar o longo jejum que assola o clube e a torcida. Victor defendeu a última penalidade e confirmou o status recebido contra o Tijuana.
Se Victor e Guilherme são os heróis da inédita decisão, as mexidas de Cuca foram fundamentais para concertar os erros pelo alto e dar fôlego no ataque. Mas errar menos com bola rolando será fundamental na final.
Leo,
O Josué fez outra excelente atuação ontem. Você não acha que a equipe titular ganha com o Josué no lugar do Donizete?
E qual a resposta para a ausência do Bernard no primeiro jogo da final? Com o Guilherme em melhor fase (contra Criciúma e Coritiba ele fez boas partidas), o Cuca talvez fique na dúvida entre ele e o Luan
Abraços
Felipe, Josué foi muito bem. Ele não costuma errar os passes e é importante para a transição da equipe. Mas não costuma chutar de fora da área, o que Donizete faz e muito bem. Acredito que o substituto para Bernard seja Luan, pela velocidade. Se optar por Guilherme, Cuca pode perder marcação. Abraços.