Paulo Autuori é o novo técnico do São Paulo. Dessa vez, a missão é contornar a crise em pouco tempo, cenário bem diferente da primeira e vitoriosa passagem pelo clube.
Na época, manteve o 3-4-1-2 de Leão na Libertadores, mas usou o Brasileirão como cobaia para a implantação do esquema predileto, o 4-2-2-2. Com Danilo e Souza armando nos flancos e Christian no ataque, o São Paulo foi mal. Autuori ainda flertou com o 4-3-1-2 com Renan na frente da zaga e Danilo isolado, e mesmo deixando claro que considerava o 4-4-2 ideal, retornou aos 3 zagueiros no Mundial.
O desempenho ruim do São Paulo é mais um reflexo da diretoria no time. Não houve reposição para Lucas e Ney foi obrigado a improvisar Douglas até a volta de Ganso. Com o camisa 8 longe da forma ideal e Lúcio e Luís Fabiano oscilando, o time só vivia das arrancadas de Osvaldo, sempre no 4-2-3-1.
Autuori não foi bem nos últimos trabalhos. No Vasco, teve 100 dias para montar um time, mas não definiu titulares e esquema, apesar de constantes e fortes declarações, repetidas na bagunça tática do Gremio em 2009, quando insistia em falar que o time jogava bem porque era armado no 4-4-2.
O técnico conseguirá unir diretoria, comissão e jogadores no São Paulo? O próprio técnico, em entrevista a Fox Sports, assumiu que herdou um grupo com mentalidade vencedora, justamente o que o atual grupo não aparenta ser. Autuori terá muito trabalho pela frente.
Adalberto Baptista deixou claro que o São Paulo é norteado por resultado. E nenhum discurso consegue se sustentar sem ele.